FREDERICO MORIARTY – Os espartanos jogavam seus filhos defeituosos fora. Estupro coletivo de mulheres existe desde os primórdios. Aliás, estupro não, pois sempre foi um direito inalienável dos homens violentar as mulheres. Todos os grandes herois do passado cometeram atrocidades e massacres. De quem você ouviu falar: Alexandre, Júlio César, Otávio, Atila, Gengis Khan, Frederico Barba Ruiva, Henrique VIII etc.. Todos eles genocidas (e muitos outros que nem cito). A escravidão humana existe desde 3500 a.C.. Sociedades foram e são escravistas. O homem não vale nada. Nunca valeu. O cemitério da história está abarrotado de bilhões de famintos, violentados, escravizados, torturados, estuprados e explorados sem piedade. Sempre uns poucos se salvam das pragas, pestes e epidemias. Sempre uns poucos pisam em qualquer laço de afetividade, em qualquer fio tênue de esperança. A passagem pela terra é um pântano de tragédias para 99% das pessoas, aliás essa era a percentagem de analfabetos na Europa em 1900. As Guerras são a continuidade, paz é exceção. França e Inglaterra passaram mais de um século se matando. Quatro gerações. Roma foi um império que trucidou nações por seis séculos. Na segunda guerra morreram 70 a 100 milhões de pessoas. Os navios tumbeiros ceifaram 11 milhões de africanos. Crianças órfãs, escravas, mortas de fome foram a regra. Não há nada de estranho no mundo atual com suas guerras, pestes e fome. Com o extermínio de pobres, negros, imigrantes, ou simplesmente, do outro. Os homens de ideias e moedas sempre mutilaram qualquer sinal de humanidade. Os cientistas descobriram a energia nuclear, os líderes jogaram as bombas atômicas. Tudo é apenas uma repetição. Talvez em escala maior, pois somos 7,5 bilhões. São poucos os que nos dão alento. Há uma pequena parcela de esperança em certas almas. Porque a terra é um imenso oceano de lágrimas de dor, morte e sofrimento.
Laranja Mecânica: o livro de Anthony Burgess, o filme de Kubrick, o futebol holandês e o Brasil Horrorshow atual
FREDERICO MORIARTY – Johan Cruyff desce pela avenida Marinho Chagas, o então lateral esquerdo do Botafogo, e cruza para Neeskens anotar o primeiro gol neerlandês com 5 minutos de jogo. O Carrossel Holandês começava a passear sobre a poderosíssima seleção brasileira (campeã de três das últimas quatro copas do mundo e terra do maior fenômeno da história do futebol, Pelé). Rinus Mitchell, o técnico dos Países Baixos, utilizara a base do Ajax Amsterdã, então tricampeão invicto da UEFA (hoje, Xampions Ligui). A Holanda praticava o revolucionário “futebol total”, no qual os jogadores não tinham posição fixa, ocupavam todos os espaços vazios e atacavam em círculos. Dias antes da partida, o técnico brasileiro, Zagallo, um lambe botas da ditadura militar, que dirigiu a seleção de 70 apenas porque o ditador de então não queria o comunista João Saldanha à frente, proferiu uma de suas tantas empáfias. “Quem tem de estudar e aprender futebol conosco são os holandeses”. Tomamos um var
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